sábado, 2 de outubro de 2010

Kawasaki Ninja 250

A Ninja 250 não é propriamente uma novidade. Existe desde 1986 e já teve diversas versões, mas seu relançamento vem causando frisson entre o público jovem nos Estados Unidos e na Europa. Nos Estados Unidos custa o mesmo que uma Honda CRF 230 e na Europa, pouco mais que as Honda Twister e Yamaha Fazer. Para explicar esse sucesso, basta lembrar que a fábrica tailandesa da marca, onde é produzida a Ninja 250, não está conseguindo atender a toda a demanda por pedidos.
O design foi inspirado na Ninja 650, mas a principal novidade está no motor de dois cilindros paralelos, refrigeração líquida e duplo comando no cabeçote de 8 válvulas. Permite a esta 250 ultrapassar os 150 km/h. Originalmente foi equipado com dois carburadores, mas para a venda na Europa receberá injeção eletrônica e catalisador, o que a deixará a apta a cumprir também as novas normas de emissões brasileiras que entram em vigor em 2009.
O câmbio de seis marchas foi a opção para otimizar o aproveitamento do motor, que gosta de altas rotações. Prova disso é que o torque máximo de 2,1 kgf.m está disponível somente a 8.500 rpm e a potência de 31 cv a 11.000 rpm. E não se assuste, porque a faixa vermelha do conta-giros desta 250 começa em 13.000 rpm!


As rodas e pneus têm medidas semelhantes às das nakeds 250 vendidas no Brasil, como Twister e Fazer, mas com discos de freio maiores para “segurá-la” a até 160 km/h: 290 mm na dianteira e 220 mm na traseira, ambos com pinças de dois pistões. Freiam com firmeza e até bruscamente para quem está acostumado com uma 250 comum.
Para completar o conjunto, um painel simples e até antiquado, com três mostradores redondos -- o velocímetro no centro, conta-giros e marcador de combustível em cada lado. Se a idéia for incrementar o visual, a Kawasaki já vende como acessório a tampa que cobre o banco traseiro e transforma a Ninjinha em monoposto. Com alguma sensibilidade dos executivos e competitividade no preço, tudo isso poderá chegar ao Brasil em 2009. A Kawasaki japonesa tem tudo pronto para assumir e expandir a operação da marca no Brasil ainda no fim deste ano, quando começará a importar motos de alta e média cilindrada.
A Ninjinha também é fácil de pilotar. O banco está a apenas 780 mm do chão, praticamente o mesmo que uma Twister, o que permite qualquer pessoa com 1,60 m apoiar os pés no asfalto. Já o peso de 152 kg é em média 10 kg superior ao de uma 250 tradicional, mas nada que dificulte as manobras quando parada. Apesar das pedaleiras recuadas, o guidão até alto para uma esportiva não obriga o piloto a se debruçar sobre o tanque. Segundo a Kawasaki, é uma moto de espírito esportivo pensada para divertir nas zonas urbanas.
 

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